sábado, 5 de maio de 2012

O Fio da xilo, a deriva...


Para  vc ganhar um dos livros O FIO DA XILO, Uma fábula em Cordel, vai na Galeria Gravura Brasileira durante o SP ESTAMPA. Vc só precisa saber quem é autor desta imagem e ter menos de 21 anos ou ser comprovadamente um professor do ensino básico ou medio.
Gostaríamos também de manter contato com vc, assim que quando tiver o livro nos deixe saber o que achou. Escreva para xicra@yahoo.com.br ou deixe um comentário aqui mesmo.

A imagem acima é uma entre as tantas imagens produzidas  pelo xilogravurista cearence WALDERÊDO GONÇALVES,  morto em 2005 aos 85 anos  depois de ter se dedicado à gravura durante 65 anos e de ter iniciado muitos artistas na arte do corte de capas de cordel no Cariri.

Este é um extrato do artigo que foi publicado no Diario do Nordeste noticiando sua morte:

"Filho de um carpinteiro e uma artesã, Walderedo dizia que nunca teve infância. Trabalhou desde menino, ajudando o pai e a mãe. Na escola, foi discriminado e expulso porque desenhou uma mulher nua. Saiu da escola para vender jogo do bicho, uma atividade clandestina. Mesmo assim, não perdeu o gosto pelos estudos. Revoltado com a expulsão, Walderedo estudou sem ajuda de professores. Leu os clássicos da literatura portuguesa. Seu sonho era ser inventor. Mas faltaram recursos, conforme lamentava.
Trabalhou como "guarda da peste", quando teve oportunidade de percorrer "meio mundo" nos Estados do Ceará e Piauí. Walderedo lembra que, enquanto trabalhava, lia romances e cordéis. Tinha uma coleção de cordéis que ele costumava ler para os "matutos de Interior" que, segundo afirmava, gostavam muito desse tipo de literatura. Com isso, ele conseguiu hospedagem grátis.
O casamento com 20 anos de idade o obrigou a trabalhar numa tipografia. Uma de suas especialidades era fazer xilogravura em madeira para os jornais, em substituição aos clichês de zinco. Durante muito tempo foi o único xilógrafo da região. Ilustrou inúmeros cordéis, revistas e jornais ."


 Foi um dos fundadores da Academia dos Cordelistas do Crato que completou 21 anos de existencia este ano.

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